Mais do que nunca, solicitar empréstimos em tempos de pandemia tem sido algo tão vital e importante – quanto difícil e arriscado.
Segundo pesquisa publicada na Globonews em 20/05/2020, 90% dos empresários não estão conseguindo acesso aos empréstimos governamentais. No que tange às pessoas físicas, normalmente as regras de mercado estabelecem ainda mais dificuldades e taxas mais altas.
Mas, afinal, quando realmente vale a pena pedir um empréstimo? São vários os motivos que justificam a necessidade de capital, por exemplo:
a) Falta capital para o dia a dia da empresa ou da casa;
b) Dívidas com taxas elevadas ou mensalidades não se consegue pagar, como é comum nos casos de rotativo de cartão de crédito ou cheque especial, dentre outros;
c) Surgimento de uma oportunidade cujo benefício ou ganho é muito superior ao custo ou taxa do empréstimo;
d) Necessidade ou oportunidade de aquisição de um bem ou serviço muito desejado;
e) Casos de emergência.
Antes de solicitar o empréstimo, é necessário avaliar se possui o devido preparo, além de tomar todos os cuidados necessários:
1) Avaliar a condição financeira: preferencialmente, num formato de planilha, organizar as despesas por tipo ou categoria. Separar os custos diretos e essenciais daqueles indiretos ou até supérfluos. Verificar as variações ocorridas nos últimos meses e simular mudanças futuras nesta planilha.
2) Pesquisar outras opções: em alguns casos, a venda de algum bem ou o cancelamento de alguma dívida, permitem que o empréstimo possa ser cancelado ou ao menos postergado.
3) Certificar a capacidade como pagador: terá mesmo condições de honrar a dívida e, assim, não criar outro problema? Até quanto pode efetivamente pagar por mês?
4) Evitar acumular dívidas: é fundamental ter certeza de que todos os empréstimos foram devidamente considerados nas análises, isso ajuda a não concentrar despesas.
5) Considerar as diversas fontes de empréstimo existentes: não é preciso se restringir exclusivamente ao seu banco usual. Há outros bancos e instituições financeiras e outras opções, como as SEPs (Sociedade de Empréstimos entre Pessoas), relativamente novas – e com taxas melhores, em muitos casos.
6) Comparar as taxas: é essencial estudar todas as opções nas mesmas condições. É preciso considerar, não somente o valor das parcelas, mas as taxas reais ou “totais”, com despesas e impostos inclusos.
7) Examinar a fonte do empréstimo: quem é a empresa ou pessoa física que cederá o empréstimo? Quais as referências nesta área?
8) Analisar muito bem o contrato ou os termos do empréstimo: existe algum risco ou problema futuro?
9) Pedir ajuda: Se persistirem as dúvidas, procure alguém que entenda bem de juros, finanças ou contratos, conforme o caso.
10) Fazer o empréstimo no tempo certo: é indispensável analisar se é preciso realmente fazer um empréstimo. Por outro lado, é fundamental evitar empréstimos com taxas elevadas ou inadimplentes que corroam o capital ou aumentem as dívidas.
Caso realmente seja necessário fazer um empréstimo, as SEPs são uma tendência e os volumes aplicados e emprestados diretamente pelas pessoas através de plataformas tem crescido continuamente, mesmo com o efeito da pandemia. Em alguns casos, até mesmo, se constituindo numa alternativa para as mazelas econômicas decorrentes.
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